Conhecida em todo o mundo como Cicciolina, Anna Ilona Staller nasceu a 26 de Novembro de 1951 ‘após uma longa noite tempestuosa numa clínica pobre de Budapeste’, capital da Hungria e cidade natal desta ex-actriz porno e ex-deputada do Parlamento italiano.
De acordo com a biografia oficial, a mãe, que também se chamava Ilona (ou Elena), sofria muito com a infidelidade do pai, Staller, que abandonou o lar quando a filha tinha apenas três anos de idade.
Ainda de acordo com esta biografia, a pequena Ilona era uma ‘menina muito doce e amiga’ que adorava os irmãos e a bisavó materna, Valéria, que costumava levá-la a ver os comboios e lhe dizia que ela era ‘a menina mais bonita do mundo’.
Apesar da pobreza, a futura Cicciolina estudou piano, vilino, dança clássica e moderna. A ex-actriz e deputada afirma também que, aos 16 anos, fez parte dos serviços secretos húngaros. Mais tarde foi modelo fotográfico e ganhou o título de Miss Hungria.
O primeiro filme erótico em que participou foi "Incontrod'amore", em 1970, quando se lançou assinando como Elena Mercury.
Ao chegar a Itália, em 1972, e para conseguir a naturalização naquele país, casou com o realizador de filmes porno Riccardo Schicchi, um homem 25 anos mais velho que ela. Entretanto continuava a trabalhar como modelo fotográfico ao serviço das maiores agências de Milão.
Em 74 conheceu Berlusconi, que a terá convidado para uma festa nas ilhas gregas e, em 1975, muda-se para Roma, ‘Meca’ do cinema italiano, onde Ilona esperava vir a tornar-se uma ‘star’...
A rádio e a televisão ajudaram a celebrizar Ilona, mais foi o sucesso no cinema erótico, durante a década de 70, que a tornou conhecida mundialmente. Em 1979, Ilona Staller muda definitivamente o nome artístico para Cicciolina.
A ex-actriz, que afirma ter entrado na indústria da pornografia ‘um pouco por acaso’, outro pouco ‘para desmascarar a hipocrisia’ do sistema, justificaria anos mais tarde que dos deputados com que se cruzou de
«Xica da Silva», novela onde Cicciolina fez uma participação especial no papel da traiçoeira Cortesã Ludovica de Castelgandolfo, foi o último trabalho da sua carreira.
Pelo caminho Cicciolina fundou o Partido do Amor com a estrela de cinema italiana Moana Pozzi para lutar pela legalização dos “parques do amor”, a educação sexual, a luta contra a SIDA, etc.
Em Janeiro de 2002, após abandonar o Parlamento italiano, Cicciolina deixou sua casa no subúrbio de Olgiata, em Roma, para disputar uma vaga no parlamento em seu país de origem, a Hungria.
Se tivesse sido eleita, iria representar o subúrbio de Kobanya-Kispest, em Budapeste, onde nasceu, e onde espera poder vir a ajudar aos pobres.
Em 2006, Cicciolina publicou uma autobiografia intitulada «Per Amore e Per Forza» (Por Amor e Por Obrigação), cuja publicação em Portugal parece estar para breve. Neste livro a autora fala da infância na Hungria, dos amores e desamores, dos divórcios, da entrada no mundo dos filmes para adultos, da vida em Itália, da maternidade e de todo um percurso recheado de emoções fortes.
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